Em 2008, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou informe sobre o tema, o qual, nos países filiados a essa entidade de cooperação multilateral, foi antecedido e sucedido por uma voga de estudos acerca dos chamados ‘determinantes sociais das doenças’. Mas o conceito de determinantes sociais, ao ser vulgarizado sob tal chancela oficial, reaparece nitidamente desprovido do peso teórico e político que assumira nos anos 1970 e 1980, quando se pretendia entendê-lo à luz da teoria marxista da sociedade.
Com efeito, o que é apresentado sob esse rótulo consiste, em grande parte, em casos mais ou menos óbvios de causalidade social dos problemas de saúde. Por exemplo, demonstra-se com boas estatísticas que as famílias de baixa renda têm mortalidade infantil mais alta que os demais estratos da população; ou que os trabalhadores desempregados, em comparação aos empregados, são mais suscetíveis a episódios de depressão e a outros transtornos mentais".
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Com o projeto, o Cebes tem o objetivo de retomar a crítica necessária ao processo da reforma sanitária, tendo sempre como pontos de partida a produção do conhecimento, a elaboração de estratégias políticas e técnicas, e a construção de alianças. Participação social foi o primeiro eixo temático sobre o qual o Cebes se debruçou".
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O modelo de seguridade social previsto na Constituição de 1988 imprimiu mudanças importantes na política social brasileira. Antes baseada na ideia de seguro social fundado no trabalho, a proteção social passou a ter como base a noção de direito de cidadania, acompanhando os fundamentos dos estados de capitalismo avançado dos países centrais.
O novo modelo gerou novos e robustos sistemas de saúde e de assistência social, ampliou e democratizou a previdência social, democratizou o acesso e a utilização de serviços, consolidou a noção de direito, criou novas modalidades de gestão, além de criar e consolidar estruturas de controle social. No entanto, muitos dos elementos previstos não foram concretizados. Diversos fatores explicam essas limitações, que tiveram como pano de fundo os conflitos entre a implementação de um modelo ampliado de seguridade e a adoção de políticas neoliberais a partir da década de 1990".
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Para este processo de construção coletiva, a revista constitui-se no principal espaço de convergência das contribuições acadêmicas e das propostas políticas cuja circulação e debate permitiram a ampliação da consciência sanitária, a articulação de distintos grupos que lutavam pela transformação da sociedade brasileira e a coesão em torno da bandeira comum enunciada como “Saúde é Democracia”.
Esta publicação – Saúde em Debate: fundamentos da Reforma Sanitária – integra um conjunto de iniciativas instauradas no processo de refundação do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde. Um dos pontos mais importantes desta nova fase é a inovação editorial do Cebes e, neste processo, optou-se por definir como ponto de partida o estímulo ao polêmico debate sobre um dos temas mais importantes para a área da Saúde no Brasil: a Reforma Sanitária.
Por esse motivo, a republicação de artigos originais da revista neste livro é uma importante possibilidade de fazer os pesquisadores e profissionais de saúde entrarem em contato com um rico e diversificado material sobre a questão da Reforma Sanitária no Brasil. Trata-se de um exercício de resgate histórico que recupera inclusive a memória iconográfica da revista, para o que colabora a decisão de republicar os artigos originais no formato fac-símile.
A publicação reúne textos da revista nas décadas de 70 e 80, que se referem desde a construção do campo de conhecimento da saúde coletiva até o debate, cada vez mais atual, sobre as concepções e rumos da Reforma Sanitária brasileira. Os três dossiês do livro – A Construção do Campo de Conhecimento, A Construção da Estratégia Política e Teoria e Tática da Reforma Sanitária – permitem que os leitores identifiquem e se utilizem dos fundamentos teóricos-conceituais da saúde coletiva brasileira.
Este livro é, dessa forma, uma comemoração de tudo o que a revista sedimentou ao longo dos anos, de todo o pluralismo de idéias que se encontram em suas páginas, de todos os mestres e aprendizes que puderam, juntos, debater as bases de mudanças sociais que se anunciavam. Mas é também um passa para o futuro, um impulso para a construção do novo e daquilo que está em fase de maturação".
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O Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) adotará a partir deste mês a alternativa democrática que oferece acesso universal e gratuito ao conhecimento: produção de obras criadas exclusivamente para o formato digital. O primeiro lançamento do projeto será o livro autobiográfico O SUS QUE EU VIVI- de clínico a sanitarista, título inédito escrito por Francisco de Assis Machado. Faça download abaixo.
De acordo com o presidente do Cebes, Roberto Passos Nogueira, a iniciativa não busca apenas a redução de custos, trazida pela produção em formato digital, mas o investimento em um novo modo de divulgação de trabalhos, tendo em vista o número de leitores em grande escala. 'O CEBES dá início a uma nova modalidade editorial – a de livros eletrônicos de textos inéditos não por acreditar no fim do livro em papel. O que pretendemos é, em parte, seguir uma tendência que se prenuncia para todas editoras do mundo, mas que no CEBES assume traços especiais. Não se trata somente de aproveitar as inúmeras vantagens do livro eletrônico - edição em tempo reduzido e de baixo custo -mas também de brindar acesso universal e gratuito a seu conteúdo integral', afirmou.
Com prefácio assinado por Sonia Fleury, professora da Fundação Getúlio Vargas, O SUS que eu vivi narra experiências de um dos principais personagens que fizeram, e fazem, parte da história da saúde pública brasileira e da construção do próprio Sistema Único de Saúde. 'A experiência aqui relatada vai muito além de um livro de memórias, embora tenha todos os componentes de um grande relato, especialmente porque vem de um dos mais importantes gestores públicos que conhecemos no campo da saúde; um daqueles poucos que participou da fabricação do SUS não apenas como projeto político para uma sociedade democrática, mas como um dos mais destemidos inovadores no campo da gestão sanitária. Como excelente memorialista, ele nos convida a compartilhar sua experiência de uma forma tão íntima que nos sentimos, imediatamente partícipes desta incrível aventura política e intelectual', escreve a ex-presidente do Cebes".
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Fonte: CEBES
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